No município de Jardim, conhecido pelo seu clima frio, sua verdes e exuberantes paisagens, mais principalmente pela sua riqueza hídrica, está passando por um grave problema ambiental. A poluição do rio que herdou o nome da cidade, parece cada dia mais, não ter solução. As vezes penso que toda a sua fama e prestígio são válidos apenas como um título, quando deveria servir de incentivo para a criação de novos projetos voltados para a prática ambiental.
O referido rio, demasiadamente longo, corta o município de Oeste à Leste, passando por várias mutações tanto físicas quanto biológicas. A sua nascente situada na comunidade do Gravatá, é um exemplo do patrimônio natural do nosso município, o que causa mais frustração ao vê-lo se tornar um verdadeiro esgoto a céu aberto a partir do momento que adentra na zona urbana, que mesmo pequena mas essencialmente podre, se apodera do seu leito para despejar em diversos pontos grande descargas de resíduos orgânicos causando consequências catastróficas na nossa vida social mas principalmente moral.
As palavras ditas aqui estão longe de se caracterizarem por mim como insulto ao poder público, mas um alerta a nós: cidadãos e munícipes; afinal somos nós os causadores do problema. O que estou tentando expressar nessas linhas é apenas a vontade de ter nosso recursos naturais preservados para as futuras gerações, e também a nossa. Não podemos mais fechar nossos olhos e nem tanto nos acomodar na utopia de que tais problemas serão resolvidos unicamente pelos outros. Temos que lancetar o abcesso e solucionar de vez o empasse.